tem horas que não se quer parar:
passadas largas e rápidas, músculos em contração, estímulos à exaustão
a cabeça a mil, reproduz formas de pensar que já não servem – estão enferrujadas – pensamentos em bumerangue criam a próxima grande ansiedade.
não sei quem foi que nos ensinou assim, mas tenho algumas suspeitas:
cabeça vazia é a oficina do diabo, deus ajuda quem cedo madruga, a formiga e a cigarra, “não fale em crise, trabalhe!”, ocupe-se (que é pra não ocupar outros lugares)…
por ora, posso estar suspeitando errado – o que não basta, ao contrário daqueles para os quais basta a convicção – nessa filosofia de botequim.
posso estar respirando errado, na correria de achar a solução – que agonia!
por ora, acho um tanto de coisa: respostas e culpadas, que a expressão “muita coisa” tem sido desgastada, que é importante falar o básico – e repetir -, (falar o básico e repetir), que há muitas exclamações e maiúsculas
e poucas reticências e escuta, que talvez posso jamais acreditar numa solução pra toda a vida e que saber parar como parte do caminho é mais importante que buscar qualquer solução definitiva.
por ora.